
"Não sou bom em um monte de coisas, especialmente em refletir sobre as questões. Por isso esse meu plano foi tão porcaria. mas eu estava magoado, e estou feliz de ao menos ter feito algo a respeito. Tomar decisões erradas não é algo novo para mim. Afinal, eu vivo sozinho aos 40 anos de idade, e vivo de revisar garantias de produtos. Há algumas semanas, eu decidi pedir uma pausa no trabalho para poder fazer isso tudo aqui. E é bastante irônico que tudo o que fiz foi exatamente o que uma criança faria. Eu fiz birra exatamente para chamar a atenção".
"I'm not good at a lot of stuff. Especially thinking things through. And that's why this plan was so shitty. But my feelings were hurt, and I'm glad I at least did something about it. Making bad decisions is nothing new to me. After all, I live alone at 40, and I make my leaving proofreading products warranties. A few weeks ago, I took a break from that however, so I could do this whole thing. And it's pretty ironic that what I did was exactly what a child would do. I threw a tantrum just to get attention."
E isto é o que Guy Trilby é de fato: uma criança no corpo de um cara de quarenta anos. Esse tipo de criança não é raro, se pensarmos bem. Muitos de nós ainda carregamos nossas questões da infância conosco diariamente, sem nem percebermos. Decisões e escolhas são feitas por essa criança magoada, e não somos conscientes disso. Um dia, Guy resolve remediar essa situação. E como ele mesmo disse acima, sua escolha de como fazê-lo pode não ter sido a melhor, mas foi efetiva.
É por isso que uma comédia que teve alguns momentos bastante bobos, sem noção mesmo, conseguiu me pegar de jeito Apesar de algumas cenas muito estúpidas, seu tom sóbrio é uma constante, os personagens se tornam cada vez menos estereotipados a cada minuto, e assim eu não consegui me afastar desse filme, a estreia na direção de Jason Bateman em longa metragens. Eu li alguns comentários afirmando como esse filme é preconceituoso e misógino. Eu penso que o protagonista é assim, não o filme, que vai justamente na direção oposta do que o personagem apresenta de início. Claro, ele assim o faz com o uso de uma quantidade grande de clichês, mas essa escolha não comprometeu a busca dos personagens e a sua relevância - elementos que me levaram a me importar com o protagonista e com o que iria acontecer adiante. Não se trata de uma má característica em uma história, no final das contas.
http://onemovieadaywithamelie.blogspot.com.br/2015/08/day-143-bad-words-july-30.html
Palavrões (Bad Words). Dirigido por Jason Bateman. Com: Jason Bateman, Kathryn Hahn, Rohan Chand. Writer: Andrew Dodge. EUA, 2013, 89 min., Dolby Digital, Color (Net). |
PS: Fragmentos: Penny Dreadful temporada 2, episódios 3 e 4 - Eu tenho a firme convicção de que Eva Green deve receber um salário maior que o resto do elenco... o trabalho dela não é fácil, e ela o faz de forma bela e contundente.
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