
A questão é que, se a escolha houvesse recaído para uma narrativa mais poética, esse filme teria sido muito belo. Pessoas que experenciam um sofrimento intenso, mergulhadas na loucura proveniente da perda, parecem se direcionar instintivamente para o encontro com seus semelhantes. Esse espelho representado pelo outro é um caminho de superar um sofrimento tão gigante que acaba por se tornar a prisão mais eficiente do planeta. Esse filme conta a respeito de duas mulheres confrontando perdas que acabam por se complementar de uma maneira que o Universo aperfeiçoou magistralmente. Como eu disse antes, teria sido lindo se a produção não tivesse escolhido o meio termo entre uma narrativa delicada sobre duas pessoas perdidas em sua própria dor e uma trama de suspense (para prender o espectador?), o que resultou apenas em uma forma eficiente de desperdiçar a oportunidade de conferir mais poesia a uma boa história.
http://onemovieadaywithamelie.blogspot.com.br/2015/08/day-147-truth-about-emanuel-august-3.html
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