
O narrador em off nos leva pela mão por cada pintura nessa narrativa tranquila mas intensa, acompanhada de uma belíssima trilha sonora de compositores clássicos - com ênfase para o Piano Trio n. 2 In Flat Major, Opus 100, Schubert (o mesmo que me pegou pela garganta em Fome de Viver) e a Sarabande de Händel, ambos onipresentes durante toda a narrativa. Maravilhoso.
Todos os elementos são parte da atmosfera aqui - linda, distante, evocativa de uma vida que não foi vivida, mas que viveu Barry. Ele passa por sua vida com uma expressão sonsa, se deixando levar pelos acontecimentos. Ele sai da sua vida e depois a ela retorna sem realmente mudar, apesar de tudo que vivenciou - o que acaba por ser, na verdade, uma grande tragédia. Nós o acompanhamos em sua jornada, maravilhados com as pinturas em movimento de outra época na nossa frente. Belíssimo.
Por ser Stanley Kubrick, não se poderia esperar somente a adaptação cinematográfica de uma história escrita (uma de suas marcas registradas). Há pontos importantes aqui - como é usual em cada um de seus filmes. Um deles é o quão fútil podem ser as ambições sociais, o que socialmente é considerado fundamental, mas que, no fim das contas, realmente não importa. Deslumbrante.
http://onemovieadaywithamelie.blogspot.com.br/2015/07/day-138-barry-lyndon-july-25.html
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Uma das famosas cenas filmadas à luz de velas |
PS: Eu primeiro ouvi falar sobre Barry Lyndon em uma camiseta que eu dei de presente a um amigo. Pode parecer inacreditável, mas eu não conhecia essa obra prima que Kubrick apresentou ao mundo entre o genial Laranja Mecânica, 1971, e O Iluminado, 1989
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