28 de jun. de 2015

Dia 29: Mesmo Se Nada dê Certo (7 de abril)

No dia 29, o excesso de trabalho não me deixou muito tempo para este desafio. Mas pular um dia não é uma opção... então eu, já à noite, me pus diante da TV para ver Sr. Ninguém... 

No entanto, meia hora depois, eu vi que ele era demais para mim neste dia, e então decidi procurar outro filme para assistir. 

Felicidade total. 

Dessa vez, eu acertei tão na mosca que até me espantei. Eu havia visto o trailer de Mesmo Se Nada Der Certo (Begin Again) nos cinemas, mas não fiquei com uma boa primeira impressão à época. Assim, desanimei de vê-lo quando estreou, apesar de ser dirigido por John Carney, o mesmo dom eu amadíssimo Apenas Uma Vez (Once, 2006).

De onde eu começo? Eu flutuei em estado de felicidade durante todo o filme. Foi uma jornada feliz e emocional. E feliz. E esfuziante. Eu me apaixonei de tal forma que eu queria sair dançando pela sala, abraçada na TV. Ridículo assim.

Carney narra suas histórias por meio de música e das pessoas que circulam ao redor dela. As atuações musicais não são estranhas nesse filme - como é comum em produções que trazem atores interpretando músicos. Aqui as performances são doces e comoventes. Música é o centre da vida e das relações humanas para Carney. Música e amor e amizade. Vidas não muito fáceis, corações partidos, amores impossíveis (um elemento sempre central em seus filmes), e, claro, boa música nos levam suavemente pela mão por histórias de amor, perda e esperança. 

Preconceitos são uma futilidade. Eu costumo ficar presa a bobagens, e às vezes me recuso a ver um filme de um diretor favorito, por exemplo, porque fico com receio de me decepcionar. Sim, eu sou assim susceptível. Felizmente a vida, contudo, costuma me mostrar que eu estou errada em todos meus preconceitos e medos.  E Mesmo Se Nada Der Certo é a última dessas provas, na forma de um filme, sensível, musical e feliz. 

http://onemovieadaywithamelie.blogspot.com.br/2015/04/day-twenty-nine-april-7.html





Mesmo Se Nada Der Certo (Begin Again). Dirigido e 
escrito porJohn Carney. Com: Keira Knightley, Mark Ruffalo, 
Adam Levine, Hailee Steinfeld (Que está incrível em uma papel 
bastante especial), Catherine Keener (a eterna ex-mulher?). 
EUA, 2013, 106 min., Datasat/Dolby Digital, Color. 


PS: Apenas Uma Vez (Once) é um dos meus filmes favoritos na vida, apesar de ser uma produção pequena e simples. Uma razão é por se passar em Dublin, cidade linda que eu adoro. Outra é que, além da boa história e personagens, o filme, apesar de ter sido filmado com duas handcams e baixíssimo orçamento, não é desconfortável em nenhum momento sobretudo pela qualidade da música e da edição de som. 

PPS: Um filme fofo  com uma boa trilha sonora,  Once ressurgiu em minha vida de uma forma surpreendente um dia, anos depois de tê-lo visto nos cinemas. Eu acompanhava minha mãe a um exame de ultrassonografia. Na sala quase escura, sentada numa cadeira no canto, aos poucos fui me dando conta de que estava tocando uma música conhecida e que que eu gostava. Era a música de um filme... Once!, eu lembrei finalmente. Comentei com a médica que fazia o exame sobre o meu reconhecimento, e desse momento em diante nós falamos não apenas sobre este, mas a respeito de vários outros filmes que nos emocionaram com suas histórias e músicas. Foi um encontro afortunado, que me lembrou como os filmes estão presentes na vida de várias pessoas, cotidianamente. 

PPPS: Dois dias depois de ver Mesmo Se Nada Der Certo, ele ainda estava comigo. Há filmes que me fizeram sentir de uma forma muito similar. Então eu pensei que seria interessante indicá-los aqui: Uma Noite de Amor e Música (Nick and Norah's Infinite Playlist)2008; Dakota Skye2008; As Vantagens de Ser Invisível (The Perks of Being a Wallflower, 2012)... e estes foram aqueles de que lembrei por enquanto.   

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