30 de jun. de 2015

Dia 36: Amor à Primeira Briga (14 de abril)


Droga de filmes com peixe cru.  

Amor à Primeira Briga (Les Combattants) é muito fofo. A premiada estreia do diretor francês Thomas Cailley é cativante, doce, engraçado. O mundo poderia se beneficiar da existência de mais pessoas como Arnaud Labrède, um cara que esconde, por detrás de uma fachada calma e quieta, uma força de vontade admirável. Madeleine Beaulieu é a garota por quem ele se apaixona. Ela é grosseira, feroz, afiada, teimosa, inflexível e, claro, extremamente doce por trás de tudo isso. É a sua autodeterminação exagerada que quase me levou a pagar um vexame gigantesco no cinema, na frente de todos. 

Veja bem, Madeleine almeja treinar sobrevivência no exército. Mas antes, ela considera que precisa estar preparada. Nadar com uma mochila cheia de telhas é uma de suas práticas. Outra é passar um peixe cru no liquidifcador e beber aquela gosma terrivelmente nojenta, com a expressão mais pacífica do universo. Foi horrível (e ainda é, ao escrever a respeito). 

Eu detesto filmes com peixe cru. Não consegui achar graça alguma em Um Peixe Chamado Wanda (A Fish Called Wanda, 1988), uma comédia bastante elogiada. Todos estavam rindo ao meu redor, e eu só queria sair correndo dali. Horrível.  O Casamento (Svadba), filme russo de 2000, é classificado como engraçado e afiado, mas a partir do momento em que um convidado do casamento chega com um peixe com os olhos mais bizarramente esbugalhados, foi o fim para mim. Não conseguia pensar em mais nada, tão enjoada eu fiquei.  Pensando melhor, não se trata apenas de peixe cru. Aquele anão comendo a cabeça do peixe em O Hobbit: Uma Viagem Inesperada (The Hobbit: An Unexpected Journey2012) me obriga a fechar os olhos todas as vezes. Vai entender, ate mesmo escrever este post é torturante. Mas essa é realmente uma das minhas maiores fobias no mundo.  

Assim sendo, eu provavelmente não vou assistir a Les Combattants novamente, mas você deveria tentar vê-lo. Não é uma grande produção, mas traz uma boa história, com personagens tangíveis, muito queridos. Uma alegria de ver (exceto pelo suco de peixe). 




Eu devo ser realmente masoquista... 

Amor à Primeira Briga (Les Combattants). Dirigido por Thomas Cailley. Com:
Adèle Haenel, Kévin Azais, Antoine Laurent. Roteiro: Thomas Cailley, Claude 
Le Pape. França, 2014, 98 min., Dolby Digital, Color (Cinema).

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