10 de jul. de 2015

Dia 69: Mad Max (17 de maio)

Um filme de baixo orçamento dirigido por um australiano desconhecido tem sua quarta sequência 35 anos depois de sua estreia... Este é Mad Max, e eu considerei que deveria assistir ao filme original novamente antes de ir ao cinemas conferir o novo capítulo da franquia. 

Eu raramente leio algo sobre um filme antes de chegar a ele, então eu não sabia que Mad Max: Estrada da Fúria é de fato uma sequência. De início, eu pensei se tratar de um remake, então eu não me entusiasmei muito. Mas o burburinho a respeito desse filme, além de sua quotação altíssima (100% de aprovação no RottenTomatoes nos primeiros dias de exibição não é algo a se ignorar - agora está em 85%) me levaram a prestar mais atenção a ele. 

Eu assisti ao primeiro Mad Max há 30 anos, e não lembrava muito além do fato de que eu havia gostado dele e que o terceiro filme, Mad Max Além da Cúpula do Trovão foi mais bobo que interessante. Então vê-lo novamente antes de conferir essa nova etapa na série pareceu uma boa ideia.  

E foi mesmo. Atualmente, ficção distópica é quase senso comum, mas perceber o que significou para um médico se tornar diretor de cinema no final dos anos 70 no então remoto deserto australiano é uma boa história por si só. O deserto poderia ser o protagonista aqui, aliás. O visual punk desse pós apocalipse é imensamente bizarro, excelente. Um desconhecido Mel Gibson não tem expressão alguma, mas quem sou eu para reclamar? Algumas cenas são realmente mal editadas, mas esse fator não tira o crédito desse filme e seus aspectos pioneiros. Não é por nada, alias, que ele ainda está por aí, 35 anos após a sua primeira aparição.  

George Miller conseguiu fundos para sua produção pós-apocalítica fazendo plantões na emergência do hospital. Ele fez tudo o que pode para filmar Mad Max com um orçamento tão baixo. Após 35 anos dessa primeira empreitada, elel finalmente pode alcançar a sua visão inicial, ao que me parece - estou apenas presumindo aqui. Sua filmografia foi de Mad Max a filmes mais emocionais, como O Óleo de Lorenzo, e infantis, até produções  como As Bruxas de Eastwick no meio do caminho. Por tudo isso, sua própria jornada mereceria um filme. 

Assistir a Mad Max antes de ir aos cinemas para conferir essa nova sequência foi uma boa experiência, que continuou no dia seguinte, com o segundo filme da franquia. Mas essa é uma história para um outro post. See y'a :)

http://onemovieadaywithamelie.blogspot.com/2015/05/day-sixty-nine-mad-max-may-17.html

Mad Max. Dirigido, escrito (com James McCausland), produzido, 
concebido por George Miller. Com: Mel Gibson, Joanne Samuel, 
Hugh Keays-Byrne. Australia, 1979, 88 min., Mono, Color (DVD). 

PS: Há várias curiosidade a respeito dessa produção no trivia do imdb.com.

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